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Jaru, 28 de março de 2024

Liga camponesa atira em helicóptero da PM durante operação em fazenda

Integrantes da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) atiraram contra o helicóptero da Polícia Miliar (PM), nesta quinta-feira (21), durante uma operação que visava retirar 100 pessoas que invadiram uma fazenda em Seringueiras (RO), a 560 quilômetros de Porto Velho, no último dia 18 de junho. Durante a invasão, os manifestantes renderem funcionários e o proprietário do local. Por causa dos disparos contra a aeronave, o comandante da PM ordenou a retirada dos policias para evitar um confronto. Ninguém se feriu.

Segundo nota divulgada pela PM, o grupo do LCP montou uma espécie de barricadas e armadilhas na entrada da fazenda. Tratores e motos foram molhados com gasolina na ponte que da acesso à propriedade. O objetivo é intimidar os policiais e impedir o acesso ao local. A polícia acredita que bombas possam ter sido instaladas na ponte.

Ainda segundo a PM, no momento em as negociações seriam iniciadas nesta quinta-feira, policias a bordo do helicóptero do Núcleo de Operações Aéreas (NOA) avistaram quatro pessoas encapuzadas entrando no pasto. Logo depois, eles começaram a dispar de dentro da mata contra a aeronave Falcão 2.

Por causa dos disparos, o tenente coronel, Oziel Paradela, que está no comando da operação, ordenou a retirada dos policiais para evitar um possível confronto com os integrantes do movimento LCP. Segundo a polícia, nenhuma pessoa se feriu durante a operação. Outra tentativa de negociação deverá ser realizada nos próximos dias.

Ponte que dá acesso a fazenda foi interditada com trator (Foto: PM/ Divulgação)Ponte que dá acesso a fazenda foi interditada com trator (Foto: PM/ Divulgação)

Reintegração
A Justiça autorizou o pedido de reintegração de posse da Fazenda Bom Futuro, invadida na noite do último domingo. Ao contrário do que foi informado inicialmente pela Polícia Militar de Seringueiras, o grupo de cerca de 100 pessoas pertence ao movimento Liga dos Camponeses Pobres (LCP) e não ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Após a invasão, o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) teria entrado com um pedido de busca e apreensão de armas na propriedade.

Policiais militares das cidades de Ariquemes e Jaru, além do helicóptero do NOA da Secretaria de Estado da Segurança Defesa e Cidadania (Sesdec), a Polícia Militar Ambiental (PMA) e dois Oficiais de Justiça participaram da tentativa de reintegração de posse da fazenda.

Fazenda foi ocupada por cerca de 100 pessoas (Foto: PM/ Divulgação)Fazenda foi ocupada por cerca de 100 pessoas
(Foto: PM/ Divulgação)

Invasão
Conforme informações da polícia, dois ônibus lotados estacionaram na entrada da fazenda Bom Futuro. Seis homens armados desceram e caminharam em direção à propriedade, onde fizeram o dono da fazenda e um funcionário refém. Outro funcionário percebeu a movimentação e conseguiu se esconder na pastagem e ligar para a Polícia Militar (PM).
Os reféns foram mantidos amarrados e encapuzados. Horas depois foram obrigados a deixar a fazenda. Além dos ônibus, diversos veículos de passeio foram vistos adentrando a fazenda após a invasão.


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