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Jaru, 28 de março de 2024

Jaru: Jovem que sofreu possível aneurisma durante exercícios físicos em academia, se recupera em PVH

Com quase 40 dias de internação, a Jovem Karine Martins de 23 anos, recupera parte de seus movimentos e inicia seus primeiros passos.

Karine, sofreu algo parecido com o aneurisma cerebral no último dia 02 de março, no momento em que fazia exercícios físicos em uma academia da cidade (Relembre aqui). Após ser socorrida ao Hospital Municipal de Jaru, a jovem foi encaminhada para o Hospital de Urgência e Emergência Regional de Cacoal (Heuro), permanecendo em coma na UTI por 26 dias.

Para possibilitar a evolução de seu tratamento, Karine foi transferida para a capital Porto Velho e internada no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro.

Nesta sexta feira (06) Karine conseguiu dar alguns passos e também passou a se alimentar novamente, está prevista para os próximos dias a retirada da sonda de alimentação.

Cleyton Josefi marido de Karine, demostrou muito otimismo em sua plena recuperação, segundo ele sua esposa vem demostrando muita garra para vencer está “batalha”. Ele posta diariamente o progresso do tratamento nas redes sociais.

É esperado para esta segunda feira (09), a retirada da traqueo, o que facilitará que Karine volte a falar e comer normalmente. Ela também deve passar por uma ressonância magnética craniana que apontará se precisará ou não passar por uma cirurgia, além de mostrar a gravidade da lesão.

 

 

Malformação Arteriovenosa Cerebral

A malformação arteriovenosa (MAV) é uma lesão congênita, que pode estar presente desde o nascimento, mas, seus sintomas, normalmente, aparecem apenas entre os 20 e 40 anos de idade. Essa anormalidade anatômica do sistema circulatório do cérebro é resultante da conexões entre artérias e veias sem a interposição de redes capilares – aspecto de “emaranhado” de vasos (chamado nidus) em exames (Ressonância Magnética ou Tomografia Computadorizada).

A consequência disto é que o sangue (arterial), que corre sob alta pressão no interior das artérias, não é mais dissipado pelas redes capilares antes de chegar às veias, que, por apresentarem paredes finas, não estão preparadas para receber esse tipo de corrente sanguínea, podendo ocorrer rupturas e, consequentemente, sangramento cerebral.

O nidus, o “coração” da MAV, é local onde as MAVs se rompem. É nutrido, normalmente, pelas artérias, enquanto as veias drenam o sangue para fora do cérebro. Mas a MAV não nutre o cérebro sadio, agindo apenas como um “ladrão de sangue” do tecido cerebral.


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