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Jaru, 19 de abril de 2024

Ex-empresário de Ji-Paraná é preso em Cuibá com mais de 1 milhão de reais durante Operação Sodoma II

Policiais da Delegacia Fazendária apreenderam, na manhã desta sexta-feira (11), cerca de R$ 1 milhão nas residências do empresário Willians Paulo Mischur, dono da empresa Consignum, que atua na área de empréstimo consignado para servidores públicos.

Ele foi um dos presos preventivamente na segunda fase da Operação Sodoma, que investiga fraudes e pagamento de propina em troca de incentivos fiscais concedidos pelo Estado, na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).

Willians Paulo Mischur foi alvo de três mandados de buscas. Um deles foi cumprido na sede da Consignum, e dois em suas residências: uma em um edifício, no bairro Santa Rosa, e outra em uma casa no condomínio Naútico Portal das Águas, no Manso.

O dinheiro será contado com auxílio de máquinas e, depois, depositado em conta judicial.

Já no início da tarde desta sexta-feira, o empresário foi levado ao Instituto Médico Legal (IML), sem prestar depoimento aos delegados da delegacia. Na saída da Defaz, ele declarou à imprensa que não tinha conhecimento das acusações que pesam contra ele.

“O que aconteceu foi um empresário ser preso, sem saber de nada”, afirmou Willians

 

Willians Paulo Mischue

O empresário Willians Paulo Mischur

A operação Sodoma 2 cumpriu nesta sexta-feira 21 ordens judiciais decretadas pela Vara Especializada Contra o Crime Organizado, sendo 11 mandados de buscas e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e cinco  mandados de condução coercitiva.

Foram cumpridos os cinco mandados de prisão contra os ex-secretários Pedro Jamil Nadaf (Indústria e Comércio), Marcel Sousa de Cursi (Fazenda), César Roberto Zílio (Administração); Willians Paulo Mischur (Consignum – empresa de empréstimo consignado para servidores públicos); e Karla Cecília de Oliveira Cintra, assessora direta de Pedro Nadaf, que na primeira fase da operação Sodoma teve medida cautelar para uso de tornozeleira eletrônica decretada e agora foi expedida ordem de prisão.

Os ex-secretários Nadaf e Cursi estão presos desde a primeira fase da operação Sodoma, em setembro de 2015, no Centro de Custódia de Cuiabá. Eles tiveram novamente mandados de prisao decretados e cumpridos.

A operação Sodoma 2 apura conduta dos membros da organização criminosa na utilização de recursos provenientes do pagamento de propina e lavagem de dinheiro. Os trabalhos são desdobramentos das investigações relacionadas à concessão fraudulenta de incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso, o Prodeic.

As investigações apuraram que parte dos cheques repassados como pagamento de propina a servidores públicos foram utilizados para aquisição de um imóvel localizado na Avenida Beira Rio, bairro Grande Terceiro, em Cuiabá.

Advogado contesta prisão

O advogado Darlan Martins Vargas, que atua na defesa do empresário, afirmou que ainda não teve acesso ao teor das acusações contra o seu cliente.

“O trabalho da empresa Consignum é de segurança de softwares para consignados. Nós não temos dados da acusação que está sendo feita. Willians presta serviços aos bancos. A única coisa que sei é que ele já adquiriu um imóvel. Mas não sei dizer de quem que adquiriu, ele tem documentos que comprovam está aquisição”, afirmou.

“A imprensa tem mais informações que os próprios advogados. Estou aqui desde as 8 horas e não consegui acesso aos autos do processo. Infelizmente a nossa OAB não está tomando as medidas cabíveis e necessárias, para que a gente possa desenvolver nosso trabalho, na defesa dos nossos clientes. A polícia e os Ministérios Públicos devem tomar consciência de que nossos clientes não podem ficar desta forma, como se não tivesse direito a defesa”, completou.

 

 

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