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Jaru, 25 de abril de 2024

Empréstimos de Bumlai foram pagos com contratos da Petrobras, diz MPF

O Ministério Público Federal (MPF) afirmou que o pecuarista José Carlos Bumlai, preso nesta terça-feira (24), em meio a 21ª fase da Operação Lava Jato, utilizou contratos firmados na Petrobras para quitar empréstimos junto ao banco Banco Schahin. O empréstimo principal em investigação nesta fase era inicialmente de R$ 12 milhões.

O dinheiro dos empréstimos era destinado ao Partido dos Trabalhadores (PT), de acordo com o procurador Diogo Casto de Matos. Em troca, empresas do grupo Schahin conquistaram contratos de navio-sonda na petrolífera.

O procurador Diogo Castor de Mattos disse que, além do empréstimo principal, há pelo menos uma dezena de outros empréstimos, no valor de dezenas de milhões de reais, envolvendo pessoas físicas ligadas ao pecuarista.

A prisão de Bumlai é preventiva, que não tem data para vencer. Bumlai deporia nesta terça na  CPI do BNDES, na Câmara, que investiga operações envolvendo o banco, por isso viajou a Brasília.

O nome de Bumlai, que é empresário do setor sucroalcooleiro e amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com livre acesso ao Palácio do Planato, apareceu em colaboração premiada de Eduardo Musa, ex-gerente da Petrobras, e do lobista Fernando Baiano.

Baiano afirmou que Bumlai recebeu R$ 2 milhões em propina. O dinheiro, conforme colaboração premiada do lobista, era o pagamento em virtude da intermediação de Bumlai junto ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um contrato com a petrolífera.

‘Passe livre’
As investigações concentradas na atual fase da Lava Jato partem da apuração das circunstâncias de contratação de um navio sonda pela Petrobras com indícios concretos de fraude no procedimento licitatório, segundo a PF.

 

OPERAÇÃO LAVA JATO
PF investiga esquema de corrupção

Entre os crimes investigados na atual fase estão fraudes a licitação, falsidade ideológica, falsificação de documentos, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e lavagem de dinheiro, entre outros.

De acordo com a PF, complexas medidas de engenharia financeira foram utilizadas pelos investigados para ocultar a real destinação de valores indevidos pagos a agentes públicos e diretores da estatal.

20ª fase
A  fase anterior da Lava Jato, deflagrada na semana passada, havia cumprido 18 mandados judiciais e prendeu o ex-gerente executivo da Petrobras Roberto Gonçalves e Nelson Martins Ribeiro, apontado como operador financeiro.

O objetivo desta etapa, conforme o Ministério Público Federal (MPF) e a PF foi buscar provas documentais sobre crimes cometidos dentro da petrolífera. Os dois presos são suspeitos de participação no esquema criminoso de fraude, corrupção e desvio de dinheiro.

Eles são investigados por receber valores indevidos de representantes de empresas com contratos relacionados às refinarias Abreu e Lima, em Pernambuco, e Pasadena, nos Estados Unidos, segundo a PF.

Ambos tiveram um mandado de prisão temporária expedido. Após o término do prazo, no dia 20 de novembro, a Justiça pediu a prorrogação por mais cinco dias. O prazo vence nesta quarta-feira (25).

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