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Jaru, 28 de março de 2024

Emprego na indústria cai 7,2%, maior recuo da série histórica

 

O emprego na indústria caiu pelo 10º mês seguido. Em outubro, o recuo foi de 0,7% na comparação com setembro. Na comparação com igual mês do ano anterior, o emprego industrial mostrou queda de 7,2%, a mais intensa da série histórica, que começou em dezembro de 2000. Com esse resultado, o setor acumula queda de 5,9% no ano e de 5,6% em 12 meses. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Setores
Na comparação com outubro de 2014, o emprego caiu nos 18 ramos pesquisados pelo IBGE, com destaque para meios de transporte (-13,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-15,2%) e máquinas e equipamentos (10,1%).

No acumulado dos 10 meses do ano, a taxa também ficou negativa nos 18 setores, com destaque para meios de transporte (-10,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,5%) e produtos de metal (-10,6%).

Horas pagas
Seguindo os outros indicadores, o de número de horas pagas aos trabalhadores da indústria também recuou. A baixa foi de 0,9% na comparação com setembro, a 8ª queda seguida. Já na comparação com outubro de 2014, o número de horas pagas diminuiu 8,1%, a 29ª taxa negativa consecutiva no tipo de comparação e a mais intensa desde o início da série histórica.

No ano, as horas pagas registram queda de 6,5% e, em 12 meses, de 6,4% – resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica.

No início do mês, o IBGE disse que a produção da indústria nacional havia caído pelo 5º mês seguido. Em outubro na comparação com setembro, o recuo foi de 0,7%, o maior para o mês desde 2011. Já em relação a outubro do ano passado, a retração foi ainda maior, de 11,2%, a maior desde abril de 2009, quando chegou a 14,1%.

Folha de pagamento
O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria recuou 0,8% na comparação com setembro, quarto resultado negativo consecutivo, acumulando nesse período redução de 5,3%.

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“No índice desse mês, verifica-se a influência negativa tanto da indústria de transformação (-1%), que permaneceu apontando taxas negativas pelo 10º mês seguido, como do setor extrativo (-2,4%)”, informa o IBGE.

Na comparação com outubro de 2014, o valor da folha de pagamento real mostrou queda de 10,3%, 17ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação e a mais intensa desde o inicio da série histórica, com resultados negativos nos 18 ramos investigados.

No índice acumulado nos 10 meses de 2015, o valor da folha de pagamento real assinalou redução de 7,1%, também com taxas negativas nas 18 atividades pesquisadas.

No índice acumulado dos últimos 12 meses, a redução foi de 6,6%, resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica para o período analisado.


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