Jaru Online
Jaru, 28 de março de 2024

Após sobreviver a acidente que matou amiga, adolescente pede mais sinalização. “É revoltante”

“Toda vez que eu lembro do acidente começo a chorar”, diz a adolescente Marília dos Santos, sobrevivente da tragédia na BR-364 que matou a estudante da Escola João Bento da Costa, Auricélia Soares Cardoso, de 15 anos, carinhosamente chamada pelos amigos de Célia Darling, na tarde da última quarta-feira (8). Na noite de sexta-feira (10), mais uma vez moradores e parentes das meninas protestaram na BR-364, exigindo mais sinalização.
“É revoltante. Eu perdi uma amiga. Já tinha alguns anos que a gente fazia esse trajeto todo dia. Na hora que o caminhão vinha, eu ainda tentei avisá-la, mas não consegui por causa do susto e da areia que caiu em cima de mim”, relembra a jovem em conversa com o Rondoniagora durante o protesto na rodovia federal. Ela diz ainda que só ficou sabendo da morte da amiga após sair deixar o hospital.

Um dia após o acidente e ao protesto feito pelos moradores do Bairro Fortaleza, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) colocou placas de advertência sinalizando a faixa de pedestres. No entanto, os moradores pedem redutores de velocidade ou lombadas, já que diariamente, muitos estudantes atravessam as pistas para chegar até a Escola João Bento da Costa, na Zona Sul de Porto Velho, uma das mais próximas para os moradores.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) esteve presente na manifestação e o inspetor Saraiva, fez um acordo para que os moradores criem uma comissão e juntos, na próxima segunda-feira (13), devem comparecer ao Dnit para solicitar a instalação de redutores de velocidade ou lombadas.

Por conta dos protestos, houve congestionamento da rodovia nos dois sentidos. Após o acordo, os bombeiros retirarem os entulhos colocados pelos moradores e a BR foi liberada.

Após sobreviver a acidente que matou amiga, adolescente pede mais sinalização. “É revoltante”

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