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Jaru, 19 de abril de 2024

Aedes aegypti transmite doença que pode causar embolia pulmonar e morte em cães

Cansaço, tosse e edema pulmonar são alguns dos sintomas que alertam para a dirofilariose, também passada por pernilongos

Verme transmitido pelo Aedes aegypti pode ser combatido com o uso de medicamentos
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Verme transmitido pelo Aedes aegypti pode ser combatido com o uso de medicamentos

Apesar do senso comum, os alvos do mosquito Aedes aegypti não são apenas as pessoas, mas também seres felpudos e de quatro patas. A dirofilariose canina é uma doença que tem entre seus vetores o mosquito transmissor da dengue, do zika vírus e do chikungunya. E a consequência é uma embolia pulmonar que pode levar à morte.

O veterinário André Luís Soares da Fonseca, professor na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), explica que “o Aedes aegypti prefere sangue humano, mas também ataca cães” – momento em que o parasita dilofilaria immitis entra no corpo do animal e passa a se desenvolver em seu coração, podendo atingir até 20 centímetros de comprimento.

“É um verme que fica em forma de novelo. O animal infectado chega a abrigar no coração dez larvas ou até mais”, alerta Rodrigo Monteiro, professor do curso de Medicina Veterinária na Universidade Anhanguera. “O parasita se alimenta dos componentes do sangue, nutrientes e proteínas do animal.”

A partir do momento em que o Aedes aegypti contaminado com a dirofilária pica o cão, o verme é transmitido para o animal, caindo na corrente sanguínea e indo direto ao coração, onde instantaneamente começa a causar danos.

Inicialmente de uma dimensão minúscula, capaz de passar pela tromba do mosquito, o verme se desenvolve rapidamente e, em três anos, chega a seu auge, com 20 centímetros, momento em que passa a causar maior estrago ao organismo. Cansaço, dificuldade para se exercitar, tosse e edema pulmonar são alguns dos sintomas.

Conheça os principais cuidados para evitar o zika vírus:

A melhor forma de combater o zika vírus é eliminar o mosquito transmissor da doença: o Aedes aegypti. Ou seja, é preciso acabar com todos os possíveis criadouros do Aedes.. Foto: iStock
As grávidas, mesmo no verão, devem usar roupas compridas, para que o mosquito Aedes aegypti não entre em contato com a pele. Foto: BBC (arquivo)
É preciso também evitar se expor a grandes áreas, principalmente lugares com jardins e mato, onde o mosquito pode se proliferar mais.. Foto: Divulgação
Outra forma eficaz de se prevenir contra o Aedes aegypti é passando o repelente. Aqueles que têm Icaridina e DEET são os mais eficientes.. Foto: iStock
Além disso, fique esperta com o tempo de duração do repelente. É preciso reaplicar algumas vezes ao dia para não ficar desprotegida. Foto: iStock
O mosquito costuma picar mais no início da manhã e no fim da tarde, então o ideal é ficar dentro de casa nesses períodos do dia.. Foto: Divulgação/CCBM
Prefira roupas claras. O Aedes aegypti tem fotofobia, ou seja, aversão à luz, então as roupas claras são as mais indicadas para quem quer evitar a picada do mosquito.. Foto: Getty Images
Também é importante, com a ajuda de uma esponja, limpar os potinhos de água de seus bichos de estimação duas vezes por semana. O Aedes aegypti pode depositar ovos nas suas laterais. . Foto: iStock
Instale telas de proteção e mosquiteiros na sua casa, para evitar picadas do Aedes aegypti. Foto: iStock
Fuja de perfumes fortes: odores mais concentrados atraem o mosquito . Foto: Divulgação
 O tratamento, diz Monteiro, é de alto risco, já que o medicamento atualmente disponível mata o verme, mas, por se hospedar nas artérias do coração e até do pulmão, se fragmenta e pode entupir algum capilar do órgão respiratório, causando a embolia pulmonar e levando à morte. Sem ele, no entanto, o animal está fadado a morrer, pois o verme continua a crescer e se desenvolver dentro do coração.

“Mas os animais dificilmente morrem por infarto, porque o coração canino consegue se irrigar de forma mais eficaz do que o humano quando alguma artéria está obstruída”, ressalta o especialista. “Só que a embolia é ainda mais grave do que o infarto.”

Apesar de o primeiro vetor da doença ser o mosquito culex, um pernilongo comum, a alta densidade do Aedes no País aumenta o risco de transmissão pela espécie.

Proteger o cão é a melhor maneira de evitar a doença
Monteiro explica que há um medicamento vermífugo que pode ser oferecido mensalmente aos cães que vivem em áreas endêmicas da dirofilariose, mas que ele só vale como método preventivo, quando a infecção pela larva ainda é recente.

“Se o cão for picado pelo mosquito infectado, assim que essa larva cair no sangue, automaticamente ele vai morrer”, conta Ribeiro. Ele enfatiza que o medicamento, receitado por médicos-veterinários, é seguro e que há cães tomando-o mensalmente há mais de dez anos, sem registro de efeitos colaterais.

O mosquito Aedes aegypti: além do zika a humanos, ele transmite dirofilária mortal a cães
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O mosquito Aedes aegypti: além do zika a humanos, ele transmite dirofilária mortal a cães

Outra forma de prevenir, segundo Fonseca, da UFMS, é passar um inseticida canino nos pelos dos cães, cuja eficácia contra o Aedes aegypti é de 98%, com durabilidade da proteção de 30 dias.

A incidência da dirofilariose canina varia de região a região. O litoral norte de São Paulo, o interior do Estado e o Nordeste do País, por exemplo, são algumas áreas com maior número de casos em território nacional.

Eliminar criadouros do Aedes aegypti é a forma ideal de impedir que o mosquito nasça e cause danos aos animais e humanos.

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